quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Violência Obstétrica

"Para mudar o mundo, primeiro é preciso mudar a forma de nascer" 
Michel Odent


Pelas muitas pesquisas que tenho feito sobre parto, essa termo sempre está presente. A violência obstétrica é muito triste, em muitos relatos que leio acabo chorando, tenho medo. É o desrespeito pela mulher e por um momento que é único para ela, tratando o nascimento como uma produção de crianças, aonde a equipe médica que faz este procedimento todo dia acaba fazendo de forma mecânica, não levando em conta a atenção e a segurança que precisa ser passada para a mulher. No final de 2012 foi feito um documentário chamado Violência Obstétrica – A voz das brasileiras, com relatos de diversas mães que sofreram abusos em seus partos.

A violência obstétrica ocorre quando:

  • Não é permitida a entrada de acompanhante no pré-parto, parto e no pós-parto imediato, sendo que é assegurada pela lei do acompanhante (Lei Federal nº 11.108, de 07 de abril de 2005). Assim como tirar a liberdade de utilizar celular ou priva-la de se comunicar com o outros que estão fora do hospital.
  • Tratar a mulher de forma que a faça se sentir humilhada, de forma inferior como se fosse incapaz.
  • Submeter a procedimentos dolorosos e desnecessários, sem explicar o que é e o risco oferecido, além de não pedir permissão.
  • Fazer graça ou recriminar por qualquer característica ou ato físico como, por exemplo, obesidade, pelos, estrias, evacuação e outros. Por qualquer comportamento como gritar, chorar, ter medo, vergonha etc.
  • Subir na barriga da mulher para expulsar o feto (manobra de Kristeller).
  • Permitir a entrada de pessoas estranhas ao atendimento para “ver o parto”, quer sejam estudantes, residentes ou profissionais de saúde, principalmente sem o consentimento prévio da mulher e de seu acompanhante com a chance clara e justa de dizer não.
  • Submeter bebês saudáveis a aspiração de rotina, injeções e procedimentos na primeira hora de vida, antes que tenham sido colocados em contato pele a pele e de terem tido a chance de mamar.

Se você sofreu algum tipo de violência você poderá denuncia através da ouvidoria do hospital e a diretoria clinica com uma carta relatando o que ocorreu, na secretária de saúde do município e do estado, podendo ser estendido a outras estâncias com a consulta de um advogado.

Aqui vai um relato muito triste de uma mãe que sofreu com a violência obstétrica, Ana Paula Garcia divide a história dela, vale muito a pena ler.

Pesquisem, se informem do procedimentos que você quer que seja feito em você!

Beijos.

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